Coruja
Corujas são animais com uma capacidade absurda de audição – elas superam até mesmo os mamíferos. Além disso, esses animais não são limitados quando o assunto é produzir algum tipo de barulho: corujas assobiam, gritam, emitem gritos agudos, grunhem e, inclusive, sorriem. E elas são capazes de diferenciar cada um desses barulhinhos.
Os ouvidos da coruja são 50 vezes mais sensíveis do que os ouvidos humanos, mas suas orelhas raramente são protuberantes ou fáceis de serem vistas, como na imagem acima. As orelhas desses animais são diferentes: enquanto a orelha esquerda é inclinada para baixo para captar sons vindos de baixo, a direita é voltada apenas para captar sons vindos de cima. É por isso que elas conseguem captar até mesmo os chiados mais sutis.
Corujas se alimentam de pequenos roedores e outros passarinhos – mas não é só isso. Esses animais são capazes de devorar grandes animais, o que vai desde aves de maior porte até, pasme, javalis pequenos, raposas e corsas. A coruja é, portanto, uma ave que gosta de se alimentar de filhotes indefesos. Entre suas presas favoritas está o bizarro ouriço do mar.
Não é de hoje que corujas são vistas como animais quase místicos. A adoração a essas aves teve início no Egito Antigo. O animal não era considerado sagrado, mas era tido como a ave favorita do deus da sabedoria, Tot. Vem daí, provavelmente, a relação da coruja com o conhecimento.
Corujas são criaturas silenciosas, que agem sem que suas presas percebam. O pesquisador Justin Jaworski, da Universidade de Lehigh, nos EUA, desvendou as três principais características que fazem do voo da coruja um sucesso de discrição: a asa da coruja tem um cume afiado que reduz o ruído provocado pelo voo; a porção frontal da ave tem uma plumagem macia que facilita o voo; por fim, as penas da extremidade traseira das asas do bichinho são porosas, o que evita redemoinhos e promove o deslocamento de ar.